As lontras marinhas costumam ficar de costas. Ao contrário das focas ou baleias, elas não possuem uma camada gordurosa de insulamento, e sim uma densa camada de pêlos macios, protegida por uma camada externa de longos pêlos de guarda, que as mantêm aquecidas na água. Seus corpos esbeltos e aerodinâmicos se deslocam graciosos na água, impulsionados pela ação das patas palmadas.
De pé na beira do rio, lontra européia olha em torno, talvez procurando comida. As lontras fluviais se movem depressa em busca de peixes, sapos, camarões e caranguejos. Comem diariamente o correspondente a 15% do próprio peso.
Urso polar caminhando sobre a neve recém-caída. Ele faz longas viagens, mas não necessariamente a pé -- como vive principalmente sobre o gelo marinho, consegue viajar milhares de quilômetros nas placas à deriva. Os ursos polares são exímios nadadores e, com freqüência, podem ser vistos nas águas oceânicas, a muitos quilômetros de terra. Passam muito tempo na água caçando focas e usam as grandes patas dianteiras para remar à velocidade de até dez quilômetros por hora.
Em geral, animais solitários, os ursos pardos no litoral oeste da América do Norte se reúnem em riachos e rios para apanhar o salmão que sobe a correnteza na desova. São pescados ágeis, que agarram o peixe nas águas vertigiosas e o devoram.
Esses animais silvestres conseguem se deslocam com surpreendente rapidez, além de serem excelentes nadadores. O porco-do-mato é o maior dos porcos selvagens. Ancestral do porco doméstico, é nativo das florestas da Europa, Norte da África e regiões da Ásia. Também foi introduzida no sol dos Estados Unidos e na Nova Zelândia.
A singularidade dos cangurus é serem os únicos animais de grande porte que se movem aos saltos. Em geral se deslocam saltando à velocidade de cerca de vinte quilômetros horários, embora sejam capazes de alcançar velocidade de 70 quilômetros horários em distâncias curtas.
Puma, ou leão da montanha. Os pumas podem se deslocar à velocidade de até 50 quilômetros horários, pular a seis metros de distância e saltar a uma altura de 2,5 metros. Esses felinos solitários quase sempre patrulham um território de 260 quilômetros quadrados.
Uma girafa se eleva altaneira nas patas dianteiras, que parecem muito mais longas que as traseiras; de fato, medem apenas 10% a mais. As pernas longas lhe permitem correr velozmente e também são úteis como arma de defesa contra predadores que se arrisquem a chegar muito perto.
Filhote de elefante africano dando um passeio. Com a ajuda da mãe, o recém-nascido consegue se levantar e se firmar nas pernas trinta minutos depois de nascer. O elefante adulto, caminhando em marcha normal, percorre de três a seis quilômetros por hora, mas pode alcançar quarenta quilômetros em plena velocidade.
Grandes manadas de gnus passam a estação das chuvas na planície Seringeti, na Tanzânia. Mas no final de maio, quando começa a estação seca, eles formam longas colunas e viajam para o Norte até as planícies de Masai Mara, no Sul do Quênia. É espetacular a cena de dezenas de milhares de animais migrando juntos. Parte da viagem envolve a travessia do rio Mara.
O que distingue animais de plantas e objetos inanimados é sua capacidade de se mover. Alguns animais viajam longas distâncias: o trinta-réis boreal, por exemplo, faz anualmente o percurso de ida e volta do pólo norte ao pólo sul, voando 26 mil quilômetros. Os felinos silvestres, como o leão da montanha, patrulham grandes territórios, mantendo ao longo os intrusos. Muitos animais podem se mover a grande velocidade, geralmente no esforço de apanhar a presa ou escapar ao predador. Algumas criaturas quase não se mexem, inclusive o justamente batizado bicho-preguiça, cuja pelagem bem camuflada e movimento quase imperceptível tornam difícil aos predadores localizá-la entre as folhas. Alguns animais, como o exuberante golfinho, parecem encontrar grande prazer em seu movimento, saltando das ondas com vigor, aparentemente pela pura alegria de fazê-lo.
O louva-a-deus tem grandes olhos voltados para a frente. Ele é o único inseto que pode girara a cabeça e olhar para trás. Isso o ajuda a ficar alerta para as presas que passam.
O dragão-marinho folheado (ou o dragão da água) é um estranho cavalo-marinho que se disfarça bem em meio as algas e plantas dos corais, embora por vezes sua viva coloração acabe por denunciá-lo.
O apavorante grande tubarão branco tem diversas fileiras de dentes amolados como gilete, para cortar a carne. Se um dente cair, em seu lugar crescera sem demora.
O peixe-papagaio do Pacífico, que vive na Grande Barreira de Corais, na Austrália, recebeu seu nome por causa da boca de bordas afiados, que lembra o bico de um papagaio.
A cobra d'água de colar entre as mais comuns da Europa, mas graças à excelente camuflagem oferecida por sua cor, ela não é vista com freqüência que se deveria esperar.
A águia pega-macaco é uma grande ave de rapina que vive nas selvas das Filipinas. Espécies altamente ameaçada, é considerada por muitos extinta na natureza. Fazendo justiça ao nome, ela come macacos (e outros animais pequenos), que caça em vôo rasante entre árvores, arrebatando-os com as garras possantes.
De plumagem mosqueada, a coruja-das-neves vive na tundra da região ártica e atende por muitos nomes, inclusive corja-fantasma, fantasma da tundra, ookpik e o terror branco do norte.
A coruja lapônica tem o disco facial amplo e redondo, com penetrantes olhos amarelos e bico afiado. A maior coruja norte-americana, ela caça do crepúsculo ao alvorecer, alimentando-se de pequenos animais como toupeiras, camundongos, esquilos, coelhos, sapos e taltuzas.
O grou coroado possui uma coroa de rígidas plumas amarelo-ouro.Como todas as gasças essas aves africanas, com freqüência, executam uma dança cujos passos incluem inclinar-se para adiante, balançar a cabeça, bater as assas, correr, saltar e lançar objetos.
A pomba-goura de Vitória tem na cabeça um magnífico leque de plumas. Encontrada na Nova Guiné e nas ilhas próximas, a ave deve desgraçadamente à delicada ''auréola'' de longas plumas o fato de ter-se tornado alvo de colecionadores.
O casuar da Austrália e Nova Guiné tem o pescoço de intensa cor azul e um destacado capacete de osso, que o ajuda a abrir o caminho através da densa vegetação da floresta tropical em que vive.
De pescoço longo e olhos grandes, o avestruz esquadrinha o horizonte para ver o perigo que se aproxima. Seus olhos, maiores que os de qualquer outro animal terrestre, podem medir até 5 centímetros de diâmetro.
Fácil de amestrar, a arara-canindé, ou araraúna, é provavelmente o psitacídeo mais inteligente do mundo. Também figura entre os mais bonitos, com sua plumagem deslumbrante: verde-escura no topo da cabeça, mudando para azul nas costas e amarela na barriga. Também tem branco em torno dos olhos e preto na barbicha.
À primeira vista, o pescoço longo do abutre-fouveiro pode parecer pelado, mas, na verdade, está coberto de delicadeza penugem, que permite ao animal evitar se sujar muito quando escava o interior de um cadáver.
A imensa águia dourada, com asas de até 2 metros de envergadura, possui penas douradas no alto da cabeça e na nuca, mas sua plumagem principal é de um intenso marrom-escuro.
O perfil impotente da águia careca foi adotado como símbolo por muitos grupos distintos, inclusive os Estados Unidos, a partir de 1782. O nome da ave é um equívoco, já que, em vez de calva, apresenta uma bela cabeça com plumagem branca.
Grande olhos derretidos e bigodes espetados aumentam o encanto de uma foca comum que parece descansar o focinho na superfície da água. Esses animais muito sociais vivem em grupos numerosos.
A anta, ou tapir, tem uma tromba curta e móvel, formada pelo focinho e o lábio superior, que ela usa para colher e comer uma ampla variedade de plantas terrestres e aquáticas.
O guaxinim tem uma típica máscara de bandido sobre os olhos e espessa pelagem cinza ou quase preta. Esta criatura é certamente oportunista, daí ser tão adequada sua aparência de pirata.
O porco-do-mato tem uma camada escura e densa de pêlos eriçados, além de um focinho longo e palpitante, muito útil para vasculhar, desenterrar bulbos e tubérculos, ou encontrar nozes e larvas de insetos. Os machos têm presas predominantes.
Este puma, também conhecido como leão da montanha, não consegue rugir igual ao leão, mas pode reproduzir uma variedade de sons, e inclusive um grito que soa quase humano, Mesmo disseminado em muitas partes do continente americano, ele está agora se tornando raro.
Todos os leões procuram um lugar fresco e seguro para se instalar e dormir durante o calor do dia. A juba magnífica do macho envolve e protege um crânio que é bem maior que o da fêmea.
As pupilas dilatadas e as presas nuas deste guepardo advertem a outro animal que mantenha a distância. Machos rivais disputam uma fêmea competem entre si em lutas sem sangue. Todos os felinos são territoriais, e para se defender, se necessário, irão ameaçar e lutar.
O leopardo Amur da Sibéria, Manchúria e Coréia encabeça a lista de espécies ameaçadas. Acredita-se que na natureza só restam 50 indivíduos. Fortes e elegantes, tem bela pelagem que muda de amarelo-claro no inverno para um tom avermelhado no verão.
Este leopardo parece majestoso e sereno, na plácida certeza de que os poderosos músculos de suas mandíbulas e patas dianteiras o deixam bem equipado para matar, no momento da ação.
Não há dois tigres com o mesmo padrão de listras. O tigre siberiano, como este, tem menos listras que as outras espécies e elas também são mais largas e claras. Alguns tigres parecem mostrar na testa a marca chinesa ''wang'' ou rei.
De pêlos brancos ao redor do pescoço, a fuinha parece ter pendurado um guardanapo no colarinho, pronta a degustar a refeição, que poderia ser pequenos animais, frutas, ou produto de latas de lixo e aterros sanitários. Na foto ela espreita, enfiada em sua casa num oco de árvore.
Os cães selvagens africanos têm focinho curto e robusto, além de orelhas grandes. Em matilhas, eles caçam na alvorada ou no crepúsculo, ou nas noites de lua clara.
O olhar atento de um lobo cinzento. Estes ancestrais do cão doméstico variam em coloração, que vai do quase branco no Ártico a marrom amarelado e, por vezes, chega ao preto nas regiões mais sulinas.